O Chá

Há tardes em que visitas,
inesperadas e indesejadas,
se aproximam de meu quintal.
Fantasmas que tento, há muito, subjugar ao esquecimento!
Mas tudo se assemelha a uma ardilosa e sutil conspiração.
Algumas palavras aqui,
Lembranças ali,
Pessoas que do nada reaparecem.
Uma simples conversa já é o suficiente
para desfazer minha proteção.

Hoje nada é mais importante, pra mim,
do que a vontade de esquecer,
Abandonar todas as lembranças
Que me fazem agir involuntariamente.
Me limpar de todo o sangue que ficou em minhas mãos,
Quando eu ainda não sabia que,
Nos momentos em que mais precisamos de um esconderijo,
Ficamos em um campo aberto,
Vulneráveis demais para reagir.
E quando só nos resta a nós mesmos,
Aprendemos,
Que os braços amigos, e as mãos que consolavam,
Não estam mais lá!

Algumas nunca estiveram!!!

Desejo, hoje, que eu não cometa os mesmos erros,
Que afastaram as pessoas que eu mais queria ao meu lado!

Até Mais ler...